A mais recente compra do Google é o reCaptcha. O que parece ser uma simples compra de um serviço interessante indica uma tendência que a gigante de Montain View tem de querer fazer as máquinas entenderem o mundo. E é bem diferente da forma como o Wolfram Alpha vem fazendo. Seria tudo isso um protótipo da Skynet? Acompanhe os sinais desse enigma.
ReCaptcha: leitura
O ReCaptcha é um serviço que se utiliza do captcha – aquelas letras tortas ou embaçadas que só um humano consegue entender – para ajudar no reconhecimento de palavras escaneadas de livros antigos e irreconhecíveis por softwares de OCR (reconhecimento ótico de caracteres).
É bastante simples e toda vez que é acionado mostra duas palavras “tortas”. Uma delas o ReCaptcha sabe qual é e a outra o serviço quer reconhecer. Se você acertar a palavra que eles sabem qual é, possivelmente a palavra não identificada também está correta. Joga-se isso algumas vezes para seres humanos e respostas idênticas indicam mais uma palavra reconhecida.
É o bom e velho crowdsourcing. Ou seja, com ajuda de humanos o ReCaptcha permite às máquinas identificarem palavras borradas de livros velhos.
Google Voice Search: fonemas
A busca por voz que existe no Android e no iPhone, nada mais é do que, além de uma coisa legal para mostrar para os amigos, uma forma de capturar fonemas dos mais variados sotaques, entonações, emoções. Cada busca que alguém faz neste aplicativo móvel ajuda de alguma forma aos computadores do Google a melhorar o reconhecimento da voz humana.
Um sinal de que esse reconhecimento de voz está muito bom foi o fato do Google, no ano passado, ter transcrito discursos dos candidatos à presidência dos EUA no Youtube. Ou seja, computadores entendendo todos os sotaques e trejeitos da nossa fala.
Google Translate: poliglota
O tradutor do Google utiliza de um algoritmo matemático poderoso que analisa as palavras em conjunto e tenta mostrar a melhor tradução possível. Claro que comete erros banais mas não deixa de ser interessante que cada vez mais novas línguas são adicionadas. Surgiu até um serviço que tenta achar o equilíbrio em uma tradução do Google, do inglês para o japonês e vice-versa. O sistema usa o Google Translator para traduzir uma frase digitada pelo usuário de uma língua para a outra e vice-versa até achar o equilíbrio.
Mas o que isso tem a ver com a Skynet? Bom, a gigante de Montain View está construindo uma máquina que fala qualquer língua e já implementou no novíssimo Wave permitindo conversas instantâneas entre pessoas que falam idiomas diferentes. Imagina isso junto com o reconhecimento de voz…
Primeiro de Abril?
Como de costume o Google fez as suas brincadeiras de primeiro de Abril. E uma delas foi o CADIE, uma máquina que tomou consciência de sua existência e novídeo que divulga isso dá um toque de Exterminador do Futuro (Skynet), junto com 2001: Uma Odisséia no Espaço (HAL) e resolve assumir a direção da empresa, no caso o Google… Claro que é uma piada mas não seria algum projeto dos 20% que quase escapou do controle?
Marissa Mayer
A super executiva do Google Marissa Mayer em uma entrevista com o fundador do Digg foi perguntada se o Google é a Skynet (sim, link para o vídeo). A resposta foi não, óbvio, as máquinas não deixaram, mas o que ela disse em seguida é interessante. Marissa diz que o Google acredita em fazer os computadores ficarem mais espertos, no sentido de entender o mundo ao nosso redor. Isso dá um basta na questão… por enquanto!
Texto do blog Techbits.com.br | Conteúdo sob Licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil

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