A questão da nuvem e o Gmail

quinta-feira, 24 de setembro de 2009 ·

A questão da nuvem e o Gmail

gmail-logoEstá virando rotina o Gmail sair do ar e o mundo todo questionar se o serviço é confiável para manter todos os seus e-mails e várias informações importantes em servidores na internet. Principalmente empresas que são o foco do Google Apps e que ao verem notícias deste tipo ficam com um pé atrás em confiar na nuvem.

O interessante a notar é que essas preocupações são na maioria das vezes exageradas. Sim, o Gmail já chegou a ficar mais de 2 horas fora do ar no início deste mês – na verdade foi só a interface web – mas quantas horas o sistema corporativo de e-mails da sua empresa ficou indisponível no último ano? Certamente muito mais do que isso.

O que acontece é que a percepção dos problemas no Gmail são amplificadas pelo fato de o tempo todo em todos os lugares do mundo alguém estar usando a interface web do serviço. Somos 150 milhões, e se o Gmail cai um monte de gente percebe em segundos.

A maioria dos sistemas corporativos não tem tantos olhos atentos assim. Cem, duzentas pessoas. Mil, talvez 5 mil. E se o e-mail dessas pessoas fica inoperante não vira manchete nos portais e blogs. Ou seja, sistemas corporativos de e-mail podem ser bem mais instáveis que um Gmail, por exemplo, mas os departamentos de TI continuam morrendo de medo dessa história de nuvem.

Além disso a maioria dos ambientes corporativos usa algum tipo de cliente de e-mail, em geral o Outlook da Microsoft. E pelo que notei em praticamente todas as quedas recentes do Gmail o problema sempre foi na interface web e não que usa pop, imap ou exchange no seu cliente de e-mail favorito.

E esse problema do Gmail me fez lembrar uma conversa que tive com amigos no final de semana. Um deles resolveu que vai começar a usar mais a nuvem para armazenar informações. O motivo foi a recente necessidade de mandar o notebook para a assistência técnica e a preocupação com anos de dados acumulados em seu HD aos olhos de estranhos. Já o outro ainda se diz cético em relação a manter seus dados em um servidor pela internets.

Claro, cada um faz do jeito que achar melhor. Eu já percebi que desde passei a usar o Gmail em Julho de 2004 – nossa, tanto tempo assim? – nunca mais precisei me preocupar com backups de mensagens ou e-mails perdidos. Enquanto isso milhares de HDs de computadores pessoais e notebooks pifaram e pessoas ficaram a ver navios. Pra que usar a nuvem se eu posso me divertir perdendo informações (fotos, emails, música) e fazendo backups?



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