No post anterior falei sobre o Google lançar um Twitter Killer. Logo após tivemos a notícia do lançamento do Google Buzz, um serviço que nasce agregado com o Gmail, que de certa forma se assemelha ao Twitter. Parecido, mas diferente.
Iniciando minha experiência com o Google Buzz
Para mim, parece que o Buzz é um aperfeiçoamento do Google Wave, que foi um fracasso para o Google. Ele copiou algumas funcionalidades similares, e tirou outras que deixavam-no mais lento e pesado. Usar o Gmail para lançar o Buzz foi uma boa estratégia. O email do Google é o terceiro mais usado nos Estados Unidos e um dos mais usados no mundo. Já tem um público estabelecido, que está boa parte do dia conectado. Tudo ao alcance de um clique.
Experimentei o Buzz. Ele não tem segredo, é muito simples de mexer. Você não fica olhando para a tela e pensando “WTF?” como no Google Wave. Ele tem um motivo, um objetivo claro e facilidade de uso. Ponto positivo.
Quanto a ser Twitter Killer… calma, Betty! Vamos com calma, ele é um novo serviço que está se estabelecendo. E tem alguns problemas, por exemplo:
a) Ele está preso ao Gmail.
Um dos fatores de sucesso do Twitter é a facilidade que há para terceiros construírem aplicativos para usá-lo em qualquer ambiente. Você mesmo pode criar um aplicativo, basta ter noções de programação. Isso faz com que o Twitter se torne “imbloqueável” nas empresas, acessível a todo e qualquer momento e altamente usado para cobrir acontecimentos. O Buzz ainda não tem esta capacidade. De acordo com a sua documentação, está previsto que sua API esteja aberta dentro de alguns meses para que seja possível que terceiros criem aplicativos para ele. Vamos aguardar.
b) Números, números, números… queremos números!
Outro fator de sucesso do Twitter: tudo é mensurável. Temos como saber quantos seguidores tem, quantos retwitts, quantos cliques foram dados em um link. Boa parte disso tem a ver com o item a, ou seja, o API aberto. Talvez seja possível futuramente termos estes números no Buzz. Mas hoje ainda está bem verde. Por mais que coloque um link com o migre.me no Buzz, não dá para saber a quantidade de “ReBuzz”. Também não dá para saber exatamente quem é o mais seguido no Buzz, apesar de eu desconfiar que seja o Edney Souza, depois de uma rápida verificação entre as pessoas que sigo. Por que estes números são tão importantes? Para empresas que investem em social media, óbvio.
c) A invasão de emails.
Receber resposta de cada buzz enviado direto como email no Gmail, quem curte? Para quem usa o Gmail de forma profissional, isso é terrível. Por isso, recomendo fortemente que leia este post do Meio Bit, que ensina tanto a desabilitar o Buzz quanto desabilitar somente a notificação por email.
Acredito que os usuários fiéis do Twitter dificilmente irão trocá-lo pelo Buzz. No máximo podem usar os dois em paralelo, com objetivos diferentes.
Sabe quem o Buzz vai conquistar? Quem não gosta do Twitter.
Tem gente que não gosta do Twitter porque ele não tem imagem, nem texto acima de 140 caracteres. Lá você pode fazer isso. É como um blog, mas sem o trabalho de administrar, moderar comentários e ter trolls te enchendo. Não é preciso convite, nem sair procurando amigos, já que automaticamente ele os adiciona, e depois é só adicionar mais. Conheço muita gente que não vê graça no Twitter, ou simplesmente não entende. Esses vão ser os que irão aderir de cara ao Buzz. Quem sabe ele não vai ser um forte concorrente para o próprio Orkut ou para o Google Groups?
Concluindo:
Não dá para dizer ainda se o Buzz será um sucesso ou um fracasso. É precipitado dizer qualquer coisa no momento. O que pode parecer um fracasso para geeks pode ser um tramendo sucesso para não-geeks. Recomendo que quem trabalha com mídia social observe-o com atenção nos próximos meses.
Buzz x Twitter – Quais são suas semelhanças e diferenças?
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