Aos poucos, muito lentamente, vamos assistindo a queda do Internet Explorer, talvez um pouco lento demais para o gosto dos webdesigners. A queda é constante e cada vez mais em um ritmo acelerado. Os números não me deixam mentir.
Em 2004, o Internet Explorer possuía mais de 90% do mercado. Browsers como Safari e Firefox, ainda no começo de sua história, não possuíam juntos nem 5% de participação. Era um domínio completo do IE. Lembro que nesta época eu mesmo o usava, mas já procurava alternativas, como o Avant Browser, que tinha recursos mais avançados, apesar de ter a engine do IE por trás.
Fim de 2006. É lançado o IE7, quase ao mesmo tempo que o Firefox 2.0. Este último sofreu um boom de utilização, incentivado por geeks que gostavam da sua personalização através de extensões variadas. Nesta época, o Internet Explorer tem uma queda grande, perdendo cerca de 10% do mercado para o Firefox, ficando com cerca de 80%. O Safari também cresce em participação, mas de forma ainda muito tímida.
Hoje, maio de 2009. Não só existem o Firefox e Safari como concorrentes, mas há um concorrente que tem grande tendência de crescimento: o Google Chrome. São agora 4 grandes browsers disputando o mercado, e mesmo com o lançamento da sua versão 8, o IE não consegue reverter a queda contínua de mercado. Hoje sua participação está em cerca de 65% com tendência de queda contínua. Enquanto isso, Firefox, possui aproximadamente 23% do mercado e Safari chega a quase 10%. Parece que a queda do Internet Explorer é irreversível.
Participação no Mercado dos principais Browsers desde 2004 até hoje. Imagem de Mashable.
Mas o que aconteceu para que o IE chegasse a este ponto? Como o browser que virou sinônimo de internet está a beira de tornar-se o novo Netscape?
Os webdesigners tem bronca com motivo
Existe um teste chamado de Acid 3, criado por The Web Standars Project, que determina se um navegador é compatível com os emergentes padrões da Internet, como HTML, CSS e PNG. Para fazer o teste você mesmo, é só acessar este link: http://www.webstandards.org/action/acid3/
Fiz o teste em três browsers que tenho instalado em minha máquina (não pude testar o Safari ou o Chrome, se você tiver e puder ajudar fazendo o teste e comentando, agradeço!). Confira os resultados:
IE8: 20/100
Firefox 3.0.7: 71/100
Opera 9.64: 85/100
Quanto mais próximo de 100, melhor a nota. Vê como a nota do IE 8 é ridiculamente baixa? Traduzindo, significa que ele tem sérios problemas de compatibilidade com HTML, CSS e PNG, entro outros fatores. E por isso é uma tarefa tão árdua adaptar o design de um site para o IE.
Extensões pra que te quero
Um dos coringas do Firefox são as extensões. Muito provavelmente, se não fosse por elas, eu usaria o Opera como browser default. Mas algumas extensões são essenciais para mim, facilitam tanto o trabalho quanto o lazer. E não dá mais para viver sem elas.
No IE, além de poucas extensões, vemos muita inutilidade e poucas (e fracas) ferramentas que auxiliem quem trabalhe com design, poste em blogs. Nem para as pessoas que mais usam o IE no Brasil, que são as que usam regularmente Orkut e MSN, não há nenhum complemento que facilite isso. Fail total!
Microsoft: ame ou odeie
É meio ccomplicado de acreditar ou de explicar, mas muita gente não usa porque é da Microsoft. Pura implicância com a empresa que um dia já foi a toda poderosa do Vale do Silício. Apesar de o Internet Explorer ser um software gratuito, ela tem todo o jeitão Microsoft de ser.
E acredito que este foi o primeiro motivo para algumas pessoas deixarem de usar o browser, lá atrás, muito antes de já existir o Firefox. Hoje acho que não é mais um motivo tão forte, ou mais importante do que os outros dois acima citados. Mas deve ser levado em consideração, ainda assim.
E você? Ainda usa o IE? Se sim, porque ainda o usa? Senão, o que fez você mudar?
Fontes: Mashable e AppleMania
A queda do império do Internet Explorer
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